À tarde aconteceu uma exposição dos tecidos e produtos de algodão orgânico que estão sendo feitos pelo mundo e é admirável ver como esse negócio já está desenvolvido e organizado. O Brasil precisa se apressar para conseguir acompanhar o que pode ser visto por aqui e em outras partes do mundo, tais como India, Turquia, China, Japão, Ilhas Maurício, Peru, Paraguay. O crescimento é exponencial e sem volta. Esse mercado já está crescendo 50% por ano, segundo o diretor de operações da Organic Exchange, Simon Ferrigno. A lei básica desse movimento é a transparência. Um sistema on-line, que foi criado especialmente para esse novo modelo de negócios, é capaz de rastrear todo o histórico de um produto para que o consumidor tenha acesso ao que está por trás do que está comprando e no que está investindo - vide Historic Future (http://historicfutures.com/). A internet tem essa capacidade democrática e esse sistema potencializa o poder do consumidor.
O Ecotece participou da exposição de hoje e reuniu em uma das mesas alguns produtos e trabalhos brasileiros que compõem esse movimento mundial, orgânico, ecológico, social, humano, transparente, ético e real!
Estavam reunidos na Plataforma Ecotece: Justa Trama, Moda Fusion, Natural Fashion, Nara Guichon e dois projetos (o Eco Fashion Brasil que é um concurso de moda sócio-ambiental pra universitários e o projeto de um vídeo documentário da cadeia produtiva do algodão orgânico, das universitárias Gabriela Delman e Ana Carolina Arantes).





Vestir é um ato cotidiano... alguma vez você já se perguntou o que está por trás das roupas que você veste? 47% dos têxteis mundiais contém algodão que é a cultura agrícola que mais polui o meio-ambiente, com agrotóxicos, empobrece o solo, contamina rios, agricultores que, muitas vezes, morrem contaminados.

A seguinte chamada pública da Finep - Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia - tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de tecnologias para a cultura do algodão no semi-árido brasileiro. Como objetivos específicos são destacados o desenvolvimento de equipamentos, novos produtos, técnicas, sistemas de produção, resistência a doenças, controle biológico de pragas e qualidade da fibra do algodão. Um dos resultados esperados desta chamada é apoiar a recuperação da cotonicultura desenvolvida em regime de agricultura familiar no Nordeste. As propostas poderão ter valor máximo de R$ 500 mil. As propostas podem ser enviadas até 5 de setembro.
Por caminhos diversos, voluntários ou com pressões, a consciência vem se ampliando, passo a passo, um a um. 